quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Trezentos e sessenta e cinco dias depois

Os meus pais já lá estavam há uns dias. Umas horas antes de chegarem, despedi-me, sozinha, de cada cantinho. Caminhei pela areia enquanto a chuva penetrava as ondas do meu Mar. Depois de arrumar a mala, tarefa que adiei durante muito e muito tempo, dei umas dez voltas à casa. Olhei para tudo uma ultima vez, na esperança de que de um sonho se tratasse, esperando que alguma coisa me fizesse acordar. Não era um sonho, afinal! A porta já estava aberta e o meu Pai no carro à espera. Peguei nas malas, apesar da pouca força do momento. Respirei fundo e enfiei a chave na porta. Bati-a e, enquanto as lágrimas me caíam pela cara abaixo, dei-lhe as quatro voltas habituais. A viagem foi dolorosa e a chegada a casa revoltante. 

Hoje, ainda tenho saudades. Muitas! Mas, pelo menos, já estou conformada.   

Hasta siempre, Barcelona.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O que fui