domingo, 4 de outubro de 2009

Hoje

Hoje levantei-me relativamente cedo, pelo menos em relação ao habitual (apesar da longa noite de ontem). Mas senti-me incompleta e incompreendida.

Fui ver o Mar. Cheguei à praia e aínda por lá estavam centenas de pessoas, talvez milhares, a olhar o ceú e os aviõezinhos que sobrevoavam as tranquilas águas do mediterrâneo. Sentei-me na areia molhada bem juntinho à zona de rebentação das pequeninas ondas. Pouco a pouco a multidão começou a desaparecer e o areal a ficar só com as garrafas e as latas que refrescaram a tarde e o evento. Eu também lá fiquei. Deitei-me na areia, cada vez mais fria e molhada, e fechei os olhos. Sentia-a por quase todo o corpo. Entrava-me pela roupa mas, não me incomodava. Por breves momentos consegui abstrair-me da música que ainda se ouvia e dos risos e gargalhadas dos que aínda por lá se aguentavam. Voei até ao passado, o longincuo e o mais presente, e sobrevoei o futuro. Abri os olhos. O ceú estava muito azul, embora o sol já não se visse. As nuvens suves formavam formas engraçadas lá no alto. A areia continuava a arranhar-me mas continuava também a não me incomodar. Abri um braço para cada lado fazendo com que o meu corpo se confundisse com um crucifixo. Fiquei assim durante alguns minutos. Voltei a olhar o mar e o céu. Suspirei e analisei uma última vez todos os pensamentos. Levantei-me e senti-me bem melhor.

Hoje, Barcelona, tinha um encanto especial. Não sei bem porquê mas, nem me apetecia vir para casa. A cidade estava pintada de vermelho e azul e amarelo e rosa e verde, de sorrisos e abraços e amor e felicidade.

Fui dar mais umas voltas. Voltei a casa e senti-me mais preenchida.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O que fui